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Na curva do corredor largo, tive um breve deslumbre de um garoto branco em pé em cima do veículo de duas rodas que se locomovia rapidamente, ao invés dele desviar do meu caminho ele veio em minha direção, e antes de ser atropelada por um Hoverboad desgovernado ouvir alguém dizer.
— Cuidado! Era um grito aflito.
Cada um caiu para um lado, com as mãos eu tentei aliviar o impacto da queda.
O que de fato me ajudou muito, uma parte da minha mente estava aliviada por eu não está usando vestido muito menos saia, senão neste momento eu estaria morrendo de vergonha, já a outra metade ameaçava me levantar e ir tirar satisfação com o causador.
A figura em pé do garoto a minha frente não ganhou destaque em minha mente irritada como eu estava seria melhor não o encarar.
Mas que coisa parece que ele não possui dois olhos para enxergar bem no centro da cara!
— Me desculpe – pediu humilde — Eu não a vi, tentei desviar, mas estávamos muito perto – ele estendeu a mão para mim.
Mesmo sem vontade eu a segurei, e pela primeira vez eu levantei o olhar para vê-lo, desde o momento em que nos esbarramos, eu ainda não tinha prestado atenção nele, não como agora que eu encarava os olhos azuis maiores do que o normal que estavam fixos em meu rosto, de aparência juvenil com certeza não passava dos 19 anos, seus cabelos se semelhavam a uma cor próxima ao ouro encontravam-se ocultos pela touca que usava escapavam-lhe alguns fios dourados pelas laterais e emolduravam-se no rosto de feições harmoniosas as sobrancelhas parcialmente ocultas, pelos fios lisos sobre a testa, os olhos ornamentados por uma franja espessa de cílios, o nariz arrebitado as maças do rosto firmes e levemente coradas demonstrando uma maciez evidente, seus lábios finos e avermelhados de aspecto convidativo.
Prestei atenção nos detalhes bem mais do que a situação exigia, reprimi os lábios frustrada e um pouco envergonhada, porque o causador tinha que ser tão bonito?
Olhei em volta rapidamente avaliando a situação, por se tratar de um incidente muitos olhares curiosos caíram sobre nós, não dei a mínima para a plateia a nossa volta, tinha que me manter impassível.
Soltei a mão que me ajudou como se tivesse levado um choque, desviei o olhar e flexionei as pernas, movi os braços ajeitei as roupas, em minha vistoria percebi o tênis desamarrado e no outro pé a falta do calçado.
Como eu fui perder um tênis!
Procuro com os olhos encontrando primeiramente o meu celular caído ali perto, inclino a cabeça a procurar do tênis perdido jogado próximo do aparelho, enquanto ajunto o Iphone ouço o garoto dizer.
— Você está bem?
Suspirei, enquanto calçava o tênis, preocupada com o meu Iphone, apoiei os pés no chão.
— Estou – o garanti checando o celular com a tela rachada, e aranhões na carcaça.
Não, não, não!
— Graças a Deus – ressaltou aliviado.
Abaixei a cabeça encarando o objeto em minhas mãos.
— Você. Quebrou. O. Meu. Iphone. – Expôs calmamente apesar de ser a última coisa que eu estava sentindo, na realidade eu queria era gritar com ele.
Eu havia acabado de ganhá-lo de presente de aniversário da minha mãe, presente esse que eu esperei muito.
Ele, o destruidor piscou confuso, os lábios entreabriram num arquejo inaudível, ao invés de perder o meu tempo olhando a cara de paisagem dele, depositei o que sobrou do meu Iphone na minha bolsa atravessada ao corpo.
Ele quebrou o meu Iphone...
— Olha... Eu realmente sinto muito, se tiver uma maneira de recompensá-la, eu ficarei...
O mirei estressada, levantei a mão o interrompendo, dei um sorriso duro.
Eu não me considerava agressiva até aquele momento, e não me controlei ao desferir palavras pesadas para o estranho.
— O melhor que eu faço é ficar longe de você – murmurei irritada.
Ainda tive o vislumbrei de um olhar triste, enquanto eu caminhava para longe dele, bem a tempo de ver um homem de 30 e pouco se aproximar a passos largos do garoto, ele estava agitado.
Notas da história
Disclaimer: Obra Minha imaginada e escrita por mim.
Todos os direitos reservados ®
Todos os personagens são fictícios.
Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência.